Em 2023, o setor do comércio eletrônico mostrou sua força, movimentando R$ 196,1 bilhões ao longo do ano, segundo dados divulgados pelo Observatório do Comércio Eletrônico Nacional. Essa conquista só ressalta o crescimento vertiginoso que o e-commerce vem apresentando nos últimos anos – o volume negociado mais do que quintuplicou desde 2016, quando o total ficou pouco acima dos R$ 39 bilhões.
O cenário é visto como promissor por Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Mdic. Para ele, o comércio eletrônico é um elemento central para o desenvolvimento do país. Ele frisa a importância do processo de inclusão digital e distribuição de renda como fatores-chave para impulsionar este crescimento.
Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo foram responsáveis por 60% dos negócios realizados através do comércio eletrônico em 2023. Contudo, há variações no tipo de produto mais vendido em cada estado, demonstrando a diversidade de demandas do consumidor em todo o país. Em Minas Gerais, por exemplo, o campeão de vendas foram os calçados, enquanto, no Espírito Santo, aparelhos de ar-condicionado lideraram.
Os smartphones encabeçaram a lista, movimentando R$ 10,3 bilhões. Livros, brochuras e impressos também tiveram destaque, movimentando R$ 6,4 bilhões. O pódio de mais vendidos é completado por televisores, refrigeradores e congeladores, tablets e complementos alimentares.
Ao observar regionalmente, nota-se algumas diferenças nas vendas online. A região Sudeste lidera o cenário do e-commerce, concentrando 73,5% das vendas online, seguida pelo Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%).
Movendo-se para futuras iniciativas, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), associado à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), tem como objetivo aumentar a adoção de pequenos negócios ao e-commerce, por meio do projeto E-commerce.BR. As transações interestaduais também são significantes, representando 62% do fluxo de e-commerce, contra 38% de transações intrastaduais. Essas iniciativas visam a melhoria de desempenho financeiro através de soluções inovadoras, principalmente nas regiões onde o e-commerce ainda tem espaço para crescer.