Em uma trajetória paralímpica inspiradora e emocionante, a paulista Beth Gomes transcende os limites, demonstrando que a idade é apenas um número. Adornada com medalhas de ouro e prata conquistadas recentemente na Paralimpíada de Paris, aos 59 anos, ela demonstra uma obstinada determinação para seguir sua jornada atlética até 2028, quando terá 63 anos.
Seus olhos brilham ao recordar as medalhas conquistadas e todo o esforço empenhado, não apenas em uma, mas em duas provas durante os Jogos. Cadeirante e com uma deficiência degenerativa – esclerose múltipla – que requer cuidado constante, Beth desafia todas as perspectivas, competindo com atletas com deficiências menos severas e acumulando títulos internacionais e sucessivas quebras de recordes mundiais.
Após o diagnóstico em 1993, sua paixão pelo esporte, em especial o vôlei, pareceu desvanecer. No entanto, ela encontrou esperança e um novo propósito no paradesporto, primeiramente no basquete em cadeira de rodas. Em 2008, ela foi convocada para a Paralimpíada de Pequim, na China, e encontrou no atletismo a sua verdadeira vocação.
Sua determinação é sólida como rocha e inabalável, a ponto de chegar à França, em meio à progressão da patologia, pronta para competir em duas provas no mesmo dia – conquistando o ouro no lançamento do disco da classe F53 e prata no arremesso do peso da classe F54.
A próxima Paralimpíada, marcada para 2028, em Los Angeles, terá uma Beth Gomes de 63 anos, repleta de entusiasmo para buscar mais medalhas. Sobre essa perspectiva futura, ela é absolutamente positiva e otimista. Ela acredita que, enquanto estiver saudável, com vontade de treinar, continuará competindo e trazendo orgulho para o Brasil.
A Fênix, como é carinhosamente chamada, tem certeza do seu potencial e da capacidade de continuar brilhando na arena atlética, e traz ainda mais fôlego e inspiração para futuras gerações e atletas paralímpicos de todo o mundo.