A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) projeta um investimento notável no setor energético brasileiro. Até 2024, espera-se um investimento de cerca de R$ 10 bilhões apenas na fase de exploração dos contratos de petróleo e gás natural. Isso foi revelado no Relatório Anual de Exploração 2023, publicado recentemente.
Para o período subsequente, de 2024 a 2027, está previsto um total de R$ 18,31 bilhões em investimentos. A distribuição dos investimentos prevê que 88% serão focados na perfuração de poços, totalizando R$ 16,04 bilhões. Os investimentos restantes serão divididos entre teste de poço (8%), levantamento geofísico exclusivo (3%) e levantamento geofísico não exclusivo (1%).
Quanto ao investimento específico apenas para 2024, R$ 9,5 bilhões serão alocados no ambiente marítimo, sendo que R$ 8,5 bilhões serão dedicados à perfuração de poços. Já para o ambiente terrestre, a previsão é de um investimento de R$ 470 milhões. Esta é uma etapa crucial na exploração de petróleo e gás natural, pois é a primeira fase após a assinatura dos contratos. É durante essa fase que estudos são realizados para identificar a presença desses combustíveis nas áreas contratadas, visando tornar sua extração economicamente viável.
Relativamente ao ano de 2023, o relatório destaca que 251 blocos estavam sob contrato, 13 foram sob o regime de partilha de produção e 238 sob o regime de concessão. Apesar de uma queda de 44 blocos entre 2022 e 2023, o ambiente terrestre liderou com 151 blocos, contrastando com 100 blocos no ambiente marítimo.
Durante esse ano, houve 14 notificações de descoberta em terra e quatro em mar. As descobertas foram principalmente nas bacias de Santos e Campos na área marítima, e nas bacias de nova fronteira: Amazonas e Parnaíba, no ambiente terrestre.
Este panorama interessante, divulgado pelo Relatório da ANP, mostra que a indústria de energia do Brasil está caminhando na direção de um desenvolvimento significativo, com investimentos massivos planejados para a exploração de petróleo e gás nas próximas décadas.