A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, está enfrentando reações significativas devido ao seu apoio firme a Israel, mesmo quando o estado judaico mantém suas operações devastadoras na Faixa de Gaza. De acordo com reportagem da Reuters, grupos pró-Palestina estão convocando protestos planejados para a próxima semana para manifestar sua dissidência.
Este apoio de Kamala a Israel é visto por ativistas pró-Palestina como uma falha da vice-presidente em ouvir as vozes palestinas. Cidadãos árabe-americanos, muçulmanos, e seus aliados que foram negados espaço para discursar na Convenção Nacional Democrata realizada em Chicago, planejam aparecer em força no próximo debate entre Kamala e o ex-presidente Trump, marcado para ocorrer na Filadélfia em 10 de setembro, bem como em grandes cidades e campus de universidades no dia 7 de outubro.
Kamala tem sido consistente em sua posição que não considera cortar a venda de armas a Israel, um pedido principal dos grupos pró-Palestina. Ao ser perguntada se limitaria a venda de armas ao país em uma recente entrevista à CNN, Kamala afirmou: Não, temos que obter um cessar-fogo.
Sua posição tem gerado divisão dentro da coalizão democrata que anteriormente se uniu contra Biden. A deputada Rashida Tlaib, que é a primeira mulher palestino-americana a ser eleita para o Congresso dos EUA, afirmou: É isso. Crimes de guerra e genocídio continuarão.
Além disso, há um grande medo entre os membros do Partido Democrata de que Kamala possa perder votos necessários nas próximas eleições a serem realizadas em 5 de novembro. Apesar de abrir vantagem sobre Donald Trump nas últimas pesquisas nacionais, Kamala está atrás em algumas pesquisas estaduais importantes, que poderão decidir o vencedor do pleito.
Estrategistas políticos estimam que quase um milhão de muçulmanos votaram na eleição de 2020, a maioria deles nos estados-chave para a disputa, e deram cerca de 70% de seus votos para Biden. Este eleitorado poderia se tornar um fator decisivo nas próximas eleições se os esforços para protestar contra o apoio de Kamala a Israel ganharem força suficiente.