O atletismo brasileiro brilhou na Paralimpíada de Paris com desempenho excepcional de Petrúcio Ferreira e Ricardo Mendonça no dia de estreia. A arena do Stade de France testemunhou a conquista de mais duas medalhas de ouro para o Brasil nessa edição dos jogos, dando continuação ao sucesso iniciado pela manhã com a vitória de Júlio César Agripino nos 5.000 metros.
Petrúcio Ferreira se consagrou tricampeão nos 100m classe T47, destinada a atletas com deficiências no membro superior, com um tempo de 10s68, superando adversários como o norte-americano Korban Best e o marroquino Aymane El Haddaoui. Com isso, Petrúcio soma essa conquista aos seus ouros prévios de Tóquio 2020 e Rio 2016, além de sua prata no revezamento 4 x 100m na Rio 2016 e medalhas no 400m classe T47 em Tóquio e Rio 2016. Com origem em São José do Brejo da Cruz, no sertão pernambucano, Petrúcio, após perder parte do seu braço esquerdo em um acidente, chamou a atenção para sua agilidade no futsal e migrou para o atletismo.
A outra vitória veio de Ricardo Mendonça na classe T37 (paralisados cerebrais), onde se consagrou campeão nos 100m, relazando uma disputa renhida e conseguindo um tempo de 11s07, superando o indonésio Saptoyogo Purnomo por uma margem estreita de 19 centésimos. Natural de Natividade (RJ), Ricardo, apesar de um início complicado, conseguiu se recuperar e avançar para a liderança, comemorando a recompensa para o foco e a determinação exigidos pela competição.
Além disso, o Brasil celebrou a presença de Thalita Simplício na final dos 400m classe T11 (deficiências visuais). Thalita, mostrou sua proeza como a atual campeã mundial dos 400m, com uma classificação firme na final com um tempo de 58s56. A velocista potiguar, vice-campeã nos Jogos de Tóquio, irá disputar o ouro no próximo sábado, prometendo mais emoção ao iminente desafio.
As conquistas de hoje elevam o total de medalhas do Brasil na Paralimpíada de Paris para 174 (51 de ouro, 70 de prata e 53 de bronze), acentuando a tradição de sucesso do país no atletismo, a modalidade que mais acumula medalhas para o Brasil na história das Paralimpíadas. O esporte continuará até o derradeiro dia da Paralimpíada em 8 de setembro. Assim, o Brasil espera mais vitórias e a ampliação do legado nacional na Paralimpíada.