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titulo: Ronnie Lessa, Suspeito no Caso Marielle, Conhecia Prévia da Operação Policial.

No dia 28 de julho, durante um depoimento virtual, o ex-policial militar Ronnie Lessa confirmou que estava ciente pré- manifestamente da operação policial que resultou em sua prisão. Lessa, um réu confesso e delator na investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e de Anderson Franco, motorista da vereadora, acontecido em 2018.

Em uma mensagem de WhatsApp recebida por volta das 23h na véspera de sua captura em março de 2019, Lessa afirmou que Jomarzinho, o filho de um policial federal aposentado com suposto vínculo ao irmão Brazão, o alertou sobre a investigação. Apesar desse conhecimento prévio, Lessa acabou sendo apreendido quando a polícia civil optou por antecipar a operação realizada aproximadamente às 5h da manhã. Naquele momento, Lessa estava se preparando para deixar seu condomínio na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Durante seu depoimento, Lessa também afirmou que o crime tinha sido planejado dessa maneira para evitar a conotação de crime político e, consequentemente, a intervenção investigativa da Polícia Federal. A Polícia Civil, que estava sob o comando de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da polícia e também acusado de participar do assassinato, seria então a responsável pelas investigações.

Segundo Lessa, se o crime fosse enquadrado como um crime político, seria direcionado para a Polícia Federal, portanto a estratégia era mascarar o crime para manter as investigações a cargo da Polícia Civil. Cientes de que Marielle frequentava o endereço de seu ex-marido na Rua do Bispo, no Rio, Lessa detalhou que começou a monitorar o local com a intenção de realizar os disparos ali. Contudo, após constatar que a vereadora não mais residia lá, o monitoramento se transferiu para a Casa das Pretas, onde Marielle foi assassinada.

Durante o seu depoimento, Lessa confessou que os irmãos Brazão, visando possuir mais controle sobre a situação, haviam insistido para que o crime não ocorresse nas proximidades da Câmara de Vereadores, a fim de evitar associações prematuras com parlamentares.

Para além disso, Lessa também compartilhou que foi seduzido pela promessa dos irmãos Brazão de dois terrenos na Zona Oeste do Rio, avaliados em R$ 25 milhões, para cometer o crime. Lessa está atualmente detido na penitenciária de Tremembé em São Paulo e prestou seu depoimento por meio de videoconferência ao juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Entre os réus na ação, estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e seu irmão, Chiquinho Brazão, deputado federal sem partido, além de Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar, Ronald Paulo Alves Pereira. Todos foram acusados por homicídio e organização criminosa e estão atualmente detidos. Previstas para depor no processo estão cerca de 70 testemunhas, mas os depoimentos dos réus só serão tomados ao final do processo.

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