Em um turno recente de eventos, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) oficialmente recusou um acordo proposto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para encerrar um processo judicial atual no Supremo Tribunal Federal (STF). Este processo está relacionado a denúncias por ofensas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ferreira foi inicialmente acusado do crime de injúria ao ex-presidente em julho, durante uma reunião na Organização das Nações Unidas (ONU) em 2023. Ele chamou Lula de ‘ladrão’ e, subsequentemente, publicou suas declarações online.
A defesa de Ferreira se manteve confiante e inabalável ao sustentar que as palavras de Ferreira estão intrinsecamente protegidas pela imunidade parlamentar. Essa imunidade é uma salvaguarda instituída pela Constituição para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem a possibilidade de sofrer reações legais. Respalda-se também em um parecer jurídico autônomo realizado pela Câmara e o artigo 53 da Constituição brasileira.
A defesa articulou claramente que não aceitaria a proposta feita pelo Procurador-Geral da República, rejeitando-a expressamente em um comunicado formal. No mesmo comunicado, fizeram referência à proteção legislativa que evoca o instituto constitucional da imunidade parlamentar material e solicitaram o arquivo preliminar do caso.
Com a rejeição do acordo pela defesa, o processo continuará no STF, onde é relatado pelo ministro Luiz Fux. Se a acusação for aceita pelo tribunal, o deputado Nikolas se tornará oficialmente réu e estará sujeito a um processo criminal. Não houve declaração oficial sobre quando o julgamento pudesse ser realizado.