Nos próximos dias, o risco de incêndio em São Paulo aumentará, levando 46 cidades do estado que estavam sob situação de alerta a se transformarem em situação de emergência, conforme informado pela Defesa Civil estadual. Desse modo, até o próximo sábado (31), a maior parte do estado estará em emergência devido ao risco cada vez maior de incêndios.
A escalada dessas condições críticas iniciará em Ribeirão Preto, onde, devido ao acúmulo de fuligem causado pelas queimadas recentes, as aulas foram suspensas na segunda-feira (26). A situação de emergência se estenderá à cidade de Campinas e se aproximará a menos de 80 quilômetros ao norte e oeste da Região Metropolitana de São Paulo.
A situação, exacerbada pela seca e pelo aumento dos focos de incêndio, motivou a criação de um gabinete de crise estadual na semana passada. O objetivo deste gabinete é coordenar o trabalho de mais de 7 mil profissionais, incluindo bombeiros, membros das Forças Armadas e civis. Três helicópteros da Polícia Militar, uma aeronave KC-390, dois helicópteros da Força Aérea Brasileira e aproximadamente 30 veículos pesados, além de drones, estão atuando na região, especialmente na Área de Proteção Ambiental (APA) de Ibitinga.
De acordo com as informações da Defesa Civil, atualmente, não há nenhum foco ativo de incêndio no estado. No entanto, as queimadas já deixaram um saldo de 66 feridos nos municípios de Ribeirão Preto e Barretos, além de dois brigadistas mortos na cidade de Urupês, em um acidente com um caminhão durante o combate às chamas na Usina Santa Isabel.
Em meio à esta crise, a Secretaria de Segurança Pública do estado efetuou três prisões de indivíduos que iniciaram focos de incêndios intencionalmente. Também foi aplicada uma multa de mais de R$ 15 mil por infração ambiental pela Polícia Militar Ambiental a dois homens em Porto Ferreira, por realizarem queimadas para limpeza de vegetação em Área de Preservação Permanente.
Esta situação de emergência reforça a necessidade de conscientização sobre os graves danos que os incêndios podem causar, não só ao meio ambiente, mas também à saúde e à vida da população. É preciso reforçar a vigilância e a punição para aqueles que ateiam fogo de maneira criminosa.
