O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, no lançamento da Política Nacional de Transição Energética, que o governo federal fornecerá botijões de gás para mais de 20 milhões de famílias até dezembro de 2025. Lula reforçou a importância estratégica do setor energético no cumprimento das funções sociais inerentes ao Estado.
O presidente enfatizou que a iniciativa integra uma série de medidas governamentais que buscam utilizar o setor energético como instrumento para prover direitos e benefícios sociais aos cidadãos. Para Lula, a transição energética representa uma oportunidade inegável para o país, um momento que não deve ser desperdiçado.
Lula não mediu palavras para criticar a privatização da Eletrobras, chamando-a de crime de lesa-pátria. Ele ressaltou ainda o papel crucial do Estado e o equilíbrio necessário entre os setores público e privado. Lula defendeu que o Estado deve ser eficiente e atender as demandas de seus cidadãos, ao invés de simplesmente recorrer à privatização como solução.
O presidente expressou sua decepção com a situação da Eletrobras na sua volta à presidência, lamentando a privatização e o impacto desta sobre o povo brasileiro.
Segundo Lula, empresas estratégicas como a Eletrobras detém um papel social significativo. Entretanto, sob administração privada, essas empresas acabam priorizando outros interesses. Ele ressaltou que o governo tem o dever de promover ações sociais, como a política de gás que deverá ser um instrumento acessível à população.
Além disso, o presidente reforçou a importância da Política Nacional de Transição Energética para o combate à pobreza energética, integrando ações governamentais para a garantia do futuro energético do país. Com essa política, segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o Brasil será capaz de gerar cerca de 3 milhões de empregos e atrair cerca de R$ 2 trilhões em investimentos na chamada economia verde, beneficiando diversos setores, desde o campo até a indústria.
A implementação dessa política envolverá a participação da sociedade, com a criação do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), além de contar com a elaboração do Plano Nacional de Transição Energética (Plante), alinhado à outras iniciativas governamentais estratégicas.