A seleção brasileira de bocha embarca para os Jogos Paralímpicos de Paris com um toque de renovação e ânsia por mais vitórias. Com um histórico de 11 medalhas em megaeventos esportivos – seis ouros, uma prata e quatro bronzes – o Brasil tem altas expectativas para o evento que acontece na capital francesa, entre os dias 28 e 8 de setembro.
Um dos principais destaques da equipe é a pernambucana Andreza Vitória, que fez história ao conquistar um inédito título mundial feminino em 2022. Andreza, que é fruto de um trabalho de renovação realizado pela Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande), disputa sua segunda edição dos Jogos Paralímpicos, tendo também participado dos Jogos de Tóquio.
Durante o evento, vários atletas brasileiros terão a primeira experiência em uma Paralimpíada, resultado do investimento continuado na formação de novos talentos. André Martins, de 21 anos e natural do Maranhão, é exemplo deste esforço. Ele é o primeiro atleta do país formado no projeto Escola Paralímpica de Esportes, idealizado e realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Também marcam presença pela primeira vez na modalidade o potiguar Iuri Tauan, de 21 anos, e a paraibana Laissa Guerreira, de 18 anos, ambos revelados nas Paralimpíadas Escolares.
O supervisor técnico da Ande, Vitor Pereira, avalia que, apesar das mudanças nas regras e um ciclo paralímpico mais curto de três anos, a equipe conseguiu se adaptar e crescer, se destacando durante as etapas da Copa do Mundo e nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, onde a maioria das vagas para Paris foram conquistadas. Ansiosos e preparados, os atletas estão prontos para esta nova edição de Jogos Paralímpicos, trazendo esperança e orgulho para o esporte paralímpico brasileiro.