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titulo: Repressão à Decisão Venezuelana: EUA e 10 Nações Latinas Unem-se contra ratificação de Maduro

A ratificação do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que autentica a vitória do atual presidente Nicolás Maduro, nas eleições de 28 de julho, foi categoricamente rejeitada pelos Estados Unidos e outros 10 países da América Latina. Estes países, que lançaram uma carta conjunta para expressar seu repúdio, reafirmam que a conclusão do tribunal, que tem o poder final em questões jurídicas na Venezuela, é contraproducente para o processo democrático.

Junto aos Estados Unidos, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai assinaram a carta conjunta divulgada em 23 de agosto. Estas nações já haviam expressado seu desprezo pela declaração do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), após a contagem oficial de votos ser bloqueada à representação da oposição.

A contestação internacional da decisão incluiu a mensagem do porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Vedant Patel, que reiterou o desacordo com o resultado eleitoral que concede um terceiro mandato a Maduro até 2031. A imparcialidade e a integridade das instituições venezuelanas encarregadas das eleições, CNE e TSJ, foram questionadas por várias nações, enfatizando a necessidade de uma auditoria imparcial e independente dos votos e das atas.

A oposição garante que tem as atas que dão a vitória ao opositor Edmundo González, que também publicou uma carta aberta em que se afirma vencedor e pede que mais países sigam o mesmo caminho. O Ministério Público da Venezuela, entretanto, abriu uma investigação contra aqueles que publicaram online as supostas atas da oposição, os acusando de falsificação de documento, usurpação de competências do Poder Eleitoral e “conspiração”.

Maria Corina Machado, líder opositora e aliada de González, aplaudiu a carta conjunta dos 11 países do continente e falou do isolamento do regime de Maduro. O presidente do México, Andrés Manuel Lopez Obrador, afirmou que seu governo aguardará a publicação das atas eleitorais antes de tomar uma decisão. A OEA (Organização dos Estados Americanos) e a União Européia também se manifestaram, ressaltando a necessidade de prova verificável do resultado da eleição.

O governo da Venezuela, por sua vez, rejeitou firmemente a carta conjunta dos 11 países através de um comunicado oficial do Ministro das Relações Exteriores, Yván Gil. Ele condenou a intromissão estrangeira na soberania e as acusações de que esses países são cúmplices da violência que ocorre no país foram feitas.

Essa divisão de perspectivas entre os países representa um marco de ruptura significativo que pode trazer ainda mais tensão para a já atribulada situação política na Venezuela.

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