38º Panorama da Arte Brasileira: Um mergulho na diversidade artística e sociopolítica em exposição no MAC USP

O Palco do universo artístico brasileiro hoje é o Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, em São Paulo. Inicia-se neste sábado, 5 de outubro, a 38ª edição do Panorama da Arte Brasileira, uma renomada exposição bienal, que indicará neste ano a temperatura e o calor da produção artística no país.

Com mais de 130 obras em exibição, o intitulado nesta ocasião como Mil Graus, promete levar aos seus espectadores uma autêntica experiência de imersão no universo artístico, cultural e sociopolítico. Essa edição apresenta, com entrada gratuita, trabalhos de 34 artistas consolidados e emergentes e coletivos artísticos de 16 estados brasileiros, com 79 trabalhos inéditos em destaque.

Segundo os curadores, o título Mil Graus faz referência à fervilhante condição de nosso atual contexto social e climático. Ele evoca a imagem de um limite de temperatura no qual tudo se desmancha e se transforma, traçando paralelos com o incandescente cenário político, climático e social do Brasil contemporâneo.

A curadoria da exposição se desenvolve em torno de cinco eixos temáticos: ecologia geral, territórios originários, chumbo tropical, corpo-aparelhagem, e transes e travessias. Essas linhas guiam o entendimento e a interpretação dos trabalhos expostos, trazendo ao público réflexões e críticas acerca de variadas perspectivas dentro da nossa sociedade.

Em destaque, artworks abrangendo desde temas ecológicos e práticas ambientais conscientes, passando por relatos de comunidades quilombolas e povos indígenas, até subversões de imagens que integram a identidade nacional. A exposição não se limita apenas aos aspectos terrenos, ainda é possível uma viagem pelos territórios intangíveis da arte, como experiências transcendentais e projeções das inúmeras transformações do corpo humano.

Com a curadoria de Germano Dushá, Ariana Nuala e Thiago de Paula Souza, a eloquência e a multidimensionalidade da arte nacional retratada no evento, certamente deixará fortes impressões nos visitantes. As palavras de Germano Dushá ilustram bem a proposta da exposição: “…abordar situações limites, condições extremas, processos dinâmicos ligados à transformação radical, à transmutação como um destino imediato e incontornável, como aquela coisa que tem que acontecer, tem que mudar…

Até o dia 26 de janeiro de 2025, serão inspirações e perspectivas únicas de artistas consagrados, como Maria Lira Marques, Marlene Almeida e colaborações como a do coletivo Rop Cateh com os Akroá Gamella.

O endereço é Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301, em São Paulo, e o horário de funcionamento é de terça a domingo, das 10h às 21h. Não perca a oportunidade! Uma experiência artística e reflexiva espera pela sua visita.

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